terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Aureliano Mailer vai à palestra onde quem brilha é Elme



Ontem, aceitando a insistentes convites de amigos ou melhor de amigas fui ao Teatro Casa Grande.

A razão da insistência não me cabe revelar, mas, observador da alma humana, fui ver como se comportavam mediador, 3 palestrantes e a platéia.

O pano de fundo era pretensioso: Entretenimento e Cultura Contemporânea.

Apesar de minha disposição inicial, foi semi-chato o primeiro, que fez muitas citações de si mesmo.

Foi interessante o início do segundo, que partiu de questões abrangentes expostas pelo primeiro e começou a apresentar suas erudições, se exibindo deslavadamente para uma platéia predominante feminina. Não satisfeito na arte de articular pensamentos bem construídos e recheados de citações, se dispôs a cantar, e bem. Tentava encantar, não há dúvida.

O terceiro, certamente o mais pretensioso dos três, falou mais do que todos, discorrendo sobre vários pensamentos seus, solitariamente e quase sempre, só seus.

A coisa degringolou quando, ao responderem às perguntas, cada um deles, resolveu alfinetar um ao outro.

Briga de egos.

Ao lado de cada um o Elme Amo, Elme Adoro.

Ao final, nossas opiniões se dividiam entre quem tinha sido mais desagradável ou mais hostil.

Inusitadamente, todos pareciam concordar na escolha do melhor momento da noite - A APRESENTAÇÃO DOS PALESTRANTES!

Era o momento em que Elme descia os degraus.

Justamente, no momento em que o primeiro dos palestrantes era anunciado e convidado a subir ao palco.

Naquele instante, imediatamente antes do convidado se levantar, todos se voltaram para Elme que segue descendo os degraus, retribuindo os olhares, erguendo os braços. Para os ignorantes que o confundiam era o fim da procura e o início dos aplausos.

Elme sorri triunfante e recebe sorrisos de volta.

Finalmente, o verdadeiro indicado se levanta.

O pano desce e os risos ficam.