segunda-feira, 24 de agosto de 2009

A Última Mente: Segundo Capítulo



Napoleão Bonaparte tinha critérios para escolher aqueles que iriam lutar ao seu lado e ajudá-lo na conquista de inúmeras regiões da Europa:


  • os inteligentes e medrosos eram preparados para serem generais

  • os inteligentes e impetuosos eram preparados para comandar os pelotões

  • os desprovidos de inteligência e bem mandados serviam para soldados

  • os desprovidos de inteligência e impetuosos eram imediatamente dispensados, porque só faziam m@*&$!!!!

Na empresa onde a auxiliar de escritório, quase suicida, conspirava contra sua própria vida, trabalhava um gerente que não seria admitido para participar do exército de Napoleão.

Quando menino tinha sido brigão.

Enquanto a rudeza pode lhe proporcionar triunfos pueris, foi vivendo.

Durante a adolescência os problemas começaram, seus amigos iam evoluindo e ele ficando.

Apesar de tudo, tinha um incomum instinto de sobrevivência.

Esse instinto foi capaz de guiá-lo num dilema existencial: opinar ou calar.

Dada à sua fragilidade intelectual, soube entender que a primeira opção o marginalizaria socialmente e a rejeição o jogaria em direção à violência.

Ficaria com a segunda opção mas, calar, o condenaria à insuportável segurança da sombra.


Entrou no ambiente profissional pela porta dos fundos.

Começou a namorar a filha de um gerente da confiança dos patrões de uma empresa bem sucedida.

Casou-se com ela e conseguiu ir ascendendo, degrau por degrau, repetindo o que falavam seus chefes imediatos.
Conseguiu domesticar sua antiga rudeza e impetuosidade, convertendo-a numa vontade irrefreável de saber a opinião dos que detinham o poder.
Saber o que eles falavam e saber o que eles pensavam, tornou-se sua obsessão.
Ouvia-os atentamente.
Longe deles, repetia as palavras como fossem ... suas palavras!
Tornou-se o mais bem acabado puxa-saco da empresa!
Nisso, era impressionante e, se sua trajetória tivesse terminado bem, seria uma lenda para gerações.

E os donos não sabiam, o que Napoleão sabia.
A empresa correria riscos no momento em que ele passasse a tomar decisões, sozinho.

Aureliano Mailer é mau escritor e abusado. Soube que o Chico B. pensou em fazer um romance, a partir de um encontro mundial de puxa-sacos em Londres. Soube também que seus editores insistiram para que ele buscasse o incomum. Uma capital pouco conhecida e ghost writers surgiram daí. Como quase ninguém por aqui conhece a cidade, fariam do exotismo da cidade uma razão extra para a leitura de BUDAPESTE .

4 comentários:

Layla Tom disse...

Aureliano, vc estava bem, fazendo uma boa crítica aos oportunistas e puxa-sacos. Mas aí misturou CB com eles... Pegou mal! Não tem nada a ver!
Esses merdas são horríveis!
Chico é maravilhoso!
Aprenda a não colocar Chico em tudo, Aureliano. Controle-se. Esse seu ciúme é um problema sério.
Parece o Sá!

Lady Shady disse...

Obaaaaaaaa! História nova!!!!!!!
Oba!!!!!!
Adorei a fala sobre o exército de Napoelão!
Conta mais disso aí, dessa história, conta!!!!!
bjs

Paulinha Tequilahouse ® disse...

Aureliano, confesso q nao li nada pq to doidaraça...mas te adoro meu paidarasto e anota aí: estamos te devendo um vinho de adulto ;)

bjocas

Renata Born disse...

Rapá, que fixação no CB... Fico impressionada com isso!