terça-feira, 7 de julho de 2009

Lixo À Beira Da Estrada – Cap 7 (continuação)

O garçon trouxe mais 2 taças sem que pedíssemos.
Bebemos em silêncio.
Nas telas de TV de plasma 42” um show com blueseiros fazia o fundo musical. Nada que atrapalhasse a conversa.

“E quanto ao pro labore?”, perguntou-me.
“Bem, preciso pesquisar quais são os bens da família, ver registros em cartórios, certidões. Posso cobrar-lhe de início 6 mil e a medida que algumas despesas apareçam, você vai me pagando também”
“Não posso, o que tenho são algumas jóias da família dele, vou tentar vendê-las e lhe falo.”
“Veja bem Mary, as questões reais quase nunca são como as desejamos”, era um toque para checar suas convicções.
“Wadson, vá na internet procure St.Paul Plaza Hotel, em Brasília, é da rede deles! Eu tenho uma Pajero 2004, se quiser fique com ela, venda, faça o que quiser, mas me ajude!”, começando a chorar.
Amoleci, profissionalmente falando.
A cliente estava irresistível, tinha grana em potencial e eu não posso ver uma mulher bonita chorar.
Me aproximei dela, passei a mão em seus cabelos, senti de perto o seu perfume.
Apesar dos pequenos sinais de decadência, Mary usava o melhor perfume que já sentira.

“Posso pedir mais 2 margueritas?”
Ela assentiu com um gesto de cabeça.

Percebi que poderia estar entrando numa furada, mas qual homem solteiro resistiria àquela bela mulher que mentia como poucas?

Estava entrando numa rodada de poker com um 7 e um 8 de espadas na mão, fiquei com elas e pedi outras 3 cartas ...

3 comentários:

Curiosa Desesperada disse...

Aureliano, isso tá ficando maior que Os Lusíadas... Vamos logo! Queremos outra história!!!

Renata Born disse...

Aureliano, já estou ansiosa pelo próximo capítulo.
Continua, pleeeeeeeeeeeeeeease!!!
Beijos,querido.

Lady Shady disse...

"Depois do terceiro ou quarto copo...tudo que vier..."
Adoro esse 'romance policial'!
Por mim pode ter 50 capítulos!
Continue!!!!!
bjs